Um documentário sobre música pode parecer, à primeira vista, pouco interessante para quem é leigo no tema - ainda mais quando retrata um grupo musical muito específico e peculiar, como é o caso do Silk Road Ensemble. Contudo, este filme vai muito além dessa aparência inicial e é largamente indicado (o único pré-requisito para assisti-lo com prazer é ser humano e, portanto, amar a arte).
Muito vinculada ao seu tempo, essa obra é um ótimo retrato da globalização. O Silk Road compõe-se de músicos de diversos países do mundo, cada um com seu instrumento, sua técnica, sua inseparável cultura. Assim, mais do que misturas inusitadas (como uma gaita-de-fole com um violoncelo), o que se vê em cena é um grande e harmonioso diálogo entre os diferentes.
Há uma construção linear, que revela como se deu a formação do conjunto, acompanhada de recortes temporais e temáticos para construir a identidade de alguns de seus principais músicos. Seus integrantes são retratados com bastante profundidade, não só no que concerne à sua arte: acompanhamos o sírio obrigado a se distanciar de seu país em guerra, o iraniano que mal consegue ver a esposa, a galega tentando preservar bons momentos com sua mãe idosa... ao final da exibição, conseguimos assistir às músicas do grupo com o olhar de quem conhece os seus integrantes. Este elemento humano, que transforma cada um dos músicos em um grande e querido amigo, é talvez o ponto mais alto deste filme - que, no conjunto e sobre o conjunto, é simplesmente sensacional.
Muito vinculada ao seu tempo, essa obra é um ótimo retrato da globalização. O Silk Road compõe-se de músicos de diversos países do mundo, cada um com seu instrumento, sua técnica, sua inseparável cultura. Assim, mais do que misturas inusitadas (como uma gaita-de-fole com um violoncelo), o que se vê em cena é um grande e harmonioso diálogo entre os diferentes.
Há uma construção linear, que revela como se deu a formação do conjunto, acompanhada de recortes temporais e temáticos para construir a identidade de alguns de seus principais músicos. Seus integrantes são retratados com bastante profundidade, não só no que concerne à sua arte: acompanhamos o sírio obrigado a se distanciar de seu país em guerra, o iraniano que mal consegue ver a esposa, a galega tentando preservar bons momentos com sua mãe idosa... ao final da exibição, conseguimos assistir às músicas do grupo com o olhar de quem conhece os seus integrantes. Este elemento humano, que transforma cada um dos músicos em um grande e querido amigo, é talvez o ponto mais alto deste filme - que, no conjunto e sobre o conjunto, é simplesmente sensacional.
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