Este é um filme que causa estranhamento; afinal, sua temática raramente é mostrada de forma isenta de clichês no cinema. Em "O abraço da serpente" temos acesso a culturas indígenas apresentadas sem maniqueísmos, heroicizações ou vilanizações desnecessárias. E por isso o choque: aqui somos nós quem entramos na vivência do outro, do que nos é alheio - e não o contrário.
O mais interessante é, diante da nossa desconfiança natural de espectadores, descobrirmos que todo o enredo é baseado em relatos de viagem reais. Assim, por mais que algumas cenas nos pareçam inverossímeis, elas só refletem um contexto que nos é absolutamente desconhecido.
Filmado em preto e branco, o longa parece ter como objetivo principal discutir de um ponto de vista filosófico as culturas indígenas. Por isso, a opção pela cor, neutralizando a exuberância das paisagens para colocar em foco o discurso da alteridade.
O mais interessante é, diante da nossa desconfiança natural de espectadores, descobrirmos que todo o enredo é baseado em relatos de viagem reais. Assim, por mais que algumas cenas nos pareçam inverossímeis, elas só refletem um contexto que nos é absolutamente desconhecido.
Filmado em preto e branco, o longa parece ter como objetivo principal discutir de um ponto de vista filosófico as culturas indígenas. Por isso, a opção pela cor, neutralizando a exuberância das paisagens para colocar em foco o discurso da alteridade.
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