O contexto é um dos elementos formadores de todo e qualquer tipo de texto - e, ainda assim, faz-se mais ou menos necessário de acordo com a obra que encaramos. No caso de Arthur Miller, dramaturgo que dialoga diretamente com a história dos Estados Unidos em suas peças, conhecer o pano de fundo é, portanto, ainda mais essencial.
Visto fora da ótica do seu entorno, "The Ride Down Mount Morgan" é uma comédia singela sobre bigamia, com alguns diálogos excepcionalmente bem construídos. No entanto, tomando-a como uma crítica direta ao governo conservador de Ronald Reagan, cresce em leituras e significações.
O próprio mote fundamental da trama (a bigamia) pode ser lido como uma alusão à Guerra Fria, na qual a polarização e a vontade de posse concorrem de forma nada amistosa. A presença de personagens de diferentes extratos culturais e religiões ajuda a entornar o caldo sociopolítico, sendo tudo construído por meio de uma linguagem bastante poética. Ainda que nos falte o elemento primordial do gênero - a encenação - o texto de Miller é forte o suficiente para garantir uma leitura rica.
Visto fora da ótica do seu entorno, "The Ride Down Mount Morgan" é uma comédia singela sobre bigamia, com alguns diálogos excepcionalmente bem construídos. No entanto, tomando-a como uma crítica direta ao governo conservador de Ronald Reagan, cresce em leituras e significações.
O próprio mote fundamental da trama (a bigamia) pode ser lido como uma alusão à Guerra Fria, na qual a polarização e a vontade de posse concorrem de forma nada amistosa. A presença de personagens de diferentes extratos culturais e religiões ajuda a entornar o caldo sociopolítico, sendo tudo construído por meio de uma linguagem bastante poética. Ainda que nos falte o elemento primordial do gênero - a encenação - o texto de Miller é forte o suficiente para garantir uma leitura rica.
Comentários
Postar um comentário