A tradução do título original (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri) entra no largo hall das versões inusitadas para nomes de obras que pouco ou nada condizem com o original (sobre o tema, procurar por "El señor que traduce los nombres de las películas", conjunto genial de tirinhas de Liniers). O jogo de palavras criado (anúncio como propaganda ou como aviso) é criativo, mas não se relaciona com o enredo da trama, já que nele só interessa o primeiro significado - outdoor, anúncio, propaganda.
Outro ponto negativo deste título é eliminar o estranhamento que temos ao conhecer o título original e prenunciar uma história de suspense. TBOEM é muito mais do que isso - uma daquelas raras obras que conseguem mesclar diversos gêneros sem cair na superficialidade.
Absolutamente sarcástico, o longa vai além do próprio humor que constrói. Há cenas catárticas para o espectador, assim como trechos que despertam a nossa indignação social (quase sempre adormecida nos tempos que correm). Sem papas na língua, a obra discute o abuso de poder, a ineficiência da polícia, as relações familiares conturbadas, a morte, a vingança, as fake news, a redenção. Belo sem ser recatado - tão ao contrário do injusto ganhador do Oscar.
Outro ponto negativo deste título é eliminar o estranhamento que temos ao conhecer o título original e prenunciar uma história de suspense. TBOEM é muito mais do que isso - uma daquelas raras obras que conseguem mesclar diversos gêneros sem cair na superficialidade.
Absolutamente sarcástico, o longa vai além do próprio humor que constrói. Há cenas catárticas para o espectador, assim como trechos que despertam a nossa indignação social (quase sempre adormecida nos tempos que correm). Sem papas na língua, a obra discute o abuso de poder, a ineficiência da polícia, as relações familiares conturbadas, a morte, a vingança, as fake news, a redenção. Belo sem ser recatado - tão ao contrário do injusto ganhador do Oscar.
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