Autora largamente publicada, Margaret Atwood voltou a ser mais conhecida entre nós graças à brilhante adaptação de "O conto da aia", uma distopia criada há mais de 30 anos e profundamente atual. Pouco depois, uma versão televisiva bastante sofrível foi realizada com base em seu romance "Alias Grace". Assim, fica o questionamento: por que é tão palpável a diferença de abordagem entre as duas adaptações?
Se em "O conto da aia" temos uma história bastante visual, com descrições de ambientes e vestimentas fundamentais para a narrativa, o mesmo não se dá com "Alias Grace". Construída em torno de diálogos e jogos de linguagem, a trama da prisioneira Grace não apresenta os elementos que poderiam facilitar sua releitura em outras mídias.
O mundo interior da protagonista, vasto e misterioso, é um dos grandes charmes do livro. Aos poucos, como leitores, somos seduzidos pela capacidade de argumentação e ironia da personagem, sem nos preocuparmos em defini-la como inocente ou culpada pelos crimes dos quais foi acusada.
Ainda que o final da obra deixe a desejar, o calhamaço de quase 600 páginas é cativante; já a série, que resume muitos acontecimentos em pouco mais de 4 horas, não convence.
Se em "O conto da aia" temos uma história bastante visual, com descrições de ambientes e vestimentas fundamentais para a narrativa, o mesmo não se dá com "Alias Grace". Construída em torno de diálogos e jogos de linguagem, a trama da prisioneira Grace não apresenta os elementos que poderiam facilitar sua releitura em outras mídias.
O mundo interior da protagonista, vasto e misterioso, é um dos grandes charmes do livro. Aos poucos, como leitores, somos seduzidos pela capacidade de argumentação e ironia da personagem, sem nos preocuparmos em defini-la como inocente ou culpada pelos crimes dos quais foi acusada.
Ainda que o final da obra deixe a desejar, o calhamaço de quase 600 páginas é cativante; já a série, que resume muitos acontecimentos em pouco mais de 4 horas, não convence.
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