Como se constrói e se consolida um sistema econômico? Como naturalizar a desigualdade para impor ideologias? Como construir sonhos comuns (quase sempre inalcançáveis) para justificar a opressão de muitos em benefício de poucos?
Bastante didático, este documentário tem como figura central o linguista Noam Chomsky, que vai respondendo a essas e outras perguntas com um arcabouço teórico bastante profundo.
As falas de Chomsky são entremeadas a ilustrações e recortes de jornais, que servem como uma poderosa ferramenta para tornar o documentário acessível a um público leigo. Assim, o filme praticamente responde ao velho questionamento de "Entendeu ou quer que eu desenhe?", sem perder a tolerância.
O economiquês é um dos grandes responsáveis pelo nosso desinteresse político. Nesse contexto, filmes como o Réquiem são fundamentais para tornar mais claro o que se oculta em tantas camadas de simbologias e significados. Economia e política são experiências que vivenciamos todos os dias; é preciso entendê-las (mesmo se for para destruí-las e retirá-las das formas em que se cristalizaram).
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