Arte das ruas por excelência, o grafite existe em função de sua contestação tornada pública. Como reconsiderar sua existência quando ele é aprisionado em museus, vendido a preços exorbitantes e vira um bem exclusivo das elites?
"Salvando Banksy" é um documentário curto, mas extremamente interessante por mostrar uma situação quase inverossímil: grafites de Banksy e outros artistas, removidos de paredes graças a uma engenharia pirotécnica, são comercializados em grandes e refinadas feiras de arte.
O modo de produção dessa arte - considerado ilegal - reverbera em sua captação: assim como o grafite invade ruas da cidade sem pedir passagem, ele também é levado embora sem o pagamento de direitos ou a autorização do artista. Todo esse contexto reconfigura a posição da arte em nosso século, de um modo bastante desanimador - afinal, se até a contestação pode ser comercializada, o que nos resta que não possa ser transformado em capital?
"Salvando Banksy" é um documentário curto, mas extremamente interessante por mostrar uma situação quase inverossímil: grafites de Banksy e outros artistas, removidos de paredes graças a uma engenharia pirotécnica, são comercializados em grandes e refinadas feiras de arte.
O modo de produção dessa arte - considerado ilegal - reverbera em sua captação: assim como o grafite invade ruas da cidade sem pedir passagem, ele também é levado embora sem o pagamento de direitos ou a autorização do artista. Todo esse contexto reconfigura a posição da arte em nosso século, de um modo bastante desanimador - afinal, se até a contestação pode ser comercializada, o que nos resta que não possa ser transformado em capital?
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