Embarquei na leitura de Brecht com o espírito de uma quase vingança pelos resultados catastróficos das eleições de 2018. No entanto, o percurso que começou pelo ódio terminou com muito amor: com similaridades profundas entre os tempos que correm e meados do século XX, pude encontrar, no poeta, algum conforto e muita compreensão.
As brigas com familiares pela intolerância política; a exaltação da anti-intelectualidade; a ascensão dos fascismos ao poder; a sociedade regida por um discurso hipócrita e profundamente violento - tudo isso é Brasil 2018 e também Alemanha dos anos 1940. O tempo, que agora já se repete como uma farsa, reproduz velhos e tristes esquemas.
Se a reflexão de Brecht sobre a barbárie não traz alívio, ao menos ela dialoga com nossas incertezas mais atuais e profundas. Na voz desse poeta de quase 1 século atrás, encontrei uma possibilidade de encontro maior do que a que tenho no presente. Talvez o mérito seja do autor, atemporal; talvez o demérito seja nosso, seres tão pequenos e repetitivos.
As brigas com familiares pela intolerância política; a exaltação da anti-intelectualidade; a ascensão dos fascismos ao poder; a sociedade regida por um discurso hipócrita e profundamente violento - tudo isso é Brasil 2018 e também Alemanha dos anos 1940. O tempo, que agora já se repete como uma farsa, reproduz velhos e tristes esquemas.
Se a reflexão de Brecht sobre a barbárie não traz alívio, ao menos ela dialoga com nossas incertezas mais atuais e profundas. Na voz desse poeta de quase 1 século atrás, encontrei uma possibilidade de encontro maior do que a que tenho no presente. Talvez o mérito seja do autor, atemporal; talvez o demérito seja nosso, seres tão pequenos e repetitivos.
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