Escrito durante o período em que Dostoiévski esteve preso, "Um pequeno herói" é um livro que, surpreendentemente, não tem um ambiente sombrio ou desolador. Ao contrário de obras anteriores do escritor, em que predominava o cenário da pobreza e/ou a melancolia da noite, esta é uma trama solar e burguesa.
Assim como em Niétotchka Niezvânova, que o precede, "Um pequeno herói" é uma narrativa que acompanha o desenvolvimento de um protagonista no limiar entre a infância e a adolescência. E, novamente, é a descoberta amorosa que consolida a mudança de fase da personagem dostoievskiana.
Não é de se estranhar que dois trabalhos seguidos do escritor tenham como figura central um adolescente - afinal, essa é uma fase rica para a psicanálise, em que conflitos pessoais, dramas e tabus se aprofundam vertiginosamente. Ao escolher uma época tão complexa da vida como foco de sua narrativa, o autor pode trabalhar com diversos temas em uma curta narrativa - a iniciação amorosa, o conflito entre a criança e o adulto, o duplo do narrador maduro que se rememora menino, as contradições dos mais velhos sob o olhar do mais novo... Ainda que não seja uma narrativa memorável, dá pano para manga ao abarcar múltiplas possibilidades de questionamentos.
Assim como em Niétotchka Niezvânova, que o precede, "Um pequeno herói" é uma narrativa que acompanha o desenvolvimento de um protagonista no limiar entre a infância e a adolescência. E, novamente, é a descoberta amorosa que consolida a mudança de fase da personagem dostoievskiana.
Não é de se estranhar que dois trabalhos seguidos do escritor tenham como figura central um adolescente - afinal, essa é uma fase rica para a psicanálise, em que conflitos pessoais, dramas e tabus se aprofundam vertiginosamente. Ao escolher uma época tão complexa da vida como foco de sua narrativa, o autor pode trabalhar com diversos temas em uma curta narrativa - a iniciação amorosa, o conflito entre a criança e o adulto, o duplo do narrador maduro que se rememora menino, as contradições dos mais velhos sob o olhar do mais novo... Ainda que não seja uma narrativa memorável, dá pano para manga ao abarcar múltiplas possibilidades de questionamentos.
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