Curto e potente, o livro "A estrela fria", de José Almino, é uma incursão em diversos temas poéticos. Ao final da obra, há uma espécie de glossário intertextual citando muitas das referências diretas utilizadas pelo escritor (que vão de um flanelinha carioca e Chuck Berry a Drummond, Ezra Pound, García Lorca...). Além dessas, há ainda os diálogos intertextuais não tão óbvios, que se oferecem quase como charadas ao leitor atento.
Ademais do diálogo com múltiplas tradições, outra característica que permeia boa parte da obra são as referências à cultura do Nordeste, da qual o poeta é originário. Falando em origens, cumpre ressaltar que a conversa com a tradição atua como um resgate da infância do poeta - período interrompido não apenas pela chegada natural da adolescência, mas também pelo exílio do Brasil durante a ditadura militar.
Como se vê pela explicação desordenada, é difícil resumir "A estrela fria", coleção muito ampla de temáticas e relativamente curta de poemas. Atendendo tanto às expectativas do leitor mais exigente quanto às do quase leigo em poesia contemporânea, é uma seleção primorosa.
Ademais do diálogo com múltiplas tradições, outra característica que permeia boa parte da obra são as referências à cultura do Nordeste, da qual o poeta é originário. Falando em origens, cumpre ressaltar que a conversa com a tradição atua como um resgate da infância do poeta - período interrompido não apenas pela chegada natural da adolescência, mas também pelo exílio do Brasil durante a ditadura militar.
Como se vê pela explicação desordenada, é difícil resumir "A estrela fria", coleção muito ampla de temáticas e relativamente curta de poemas. Atendendo tanto às expectativas do leitor mais exigente quanto às do quase leigo em poesia contemporânea, é uma seleção primorosa.
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