Assim como seus demais hermanos latinos, o Uruguai passou por uma longa e violenta ditadura. E, tal como sempre existiu e sempre existirá, houve resistência aos desmandos de um governo despótico e absolutamente controlado por interesses de outras nações. Seu principal núcleo de combate foi o movimento guerrilheiro Tupamaros, que operou por meio de assaltos a bancos (com distribuição de renda à população carente), sequestros de poderosos e inevitáveis assassinatos no confronto com as forças de repressão.
José Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro foram militantes do movimento, famosos pelo poder de liderança e persuasão. Para além da prisão e da tortura, foram confinados em solitárias por um período que gira em cerca de 12 anos. Além da solidão extrema, eram proibidos de circular em um espaço maior que um 2 x 3 metros, de falar sozinhos, de se exercitarem, de verem o sol. São 3 homens que passaram mais de uma década na mais profunda noite - o que é retratado com brilhantismo neste filme.
Apesar de o mote inicial parecer não ser o suficiente para um longa (afinal, como retratar um cotidiano de tantas carências?), a maioria das escolhas narrativas sustenta o interesse e a emoção do espectador. A obra brinca com a oscilação entre a memória, o real e a imaginação, sem a pretensão de ser um documentário frio sobre o encarceramento de seus protagonistas. É um filme que faz pulsar emoções, revelando como se constrói o ato de resistir.
José Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro foram militantes do movimento, famosos pelo poder de liderança e persuasão. Para além da prisão e da tortura, foram confinados em solitárias por um período que gira em cerca de 12 anos. Além da solidão extrema, eram proibidos de circular em um espaço maior que um 2 x 3 metros, de falar sozinhos, de se exercitarem, de verem o sol. São 3 homens que passaram mais de uma década na mais profunda noite - o que é retratado com brilhantismo neste filme.
Apesar de o mote inicial parecer não ser o suficiente para um longa (afinal, como retratar um cotidiano de tantas carências?), a maioria das escolhas narrativas sustenta o interesse e a emoção do espectador. A obra brinca com a oscilação entre a memória, o real e a imaginação, sem a pretensão de ser um documentário frio sobre o encarceramento de seus protagonistas. É um filme que faz pulsar emoções, revelando como se constrói o ato de resistir.
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