Poeta da Revolução Cubana, Nicolás Guillén canta os temas que a motivaram: a exploração pelos Estados Unidos, a opressão do trabalhador, o racismo, a violência. Sem restringir-se à sua terra, também acompanhou de perto o movimento social do México, a Guerra Civil Espanhola, dentre outras diversas viagens com cunho ideológico que realizou - sempre criticando a situação colonial e a falta de liberdade.
Além dessas mesclas culturais, como poeta negro não deixa de cantar sua ancestralidade. Principalmente nos livros do início de sua carreira, trabalha dialetos e expressões que remetem de forma imediata às suas raízes africanas.
Os poemas escritos no período anterior à Revolução, prenhes de utopia, são bastante interessantes do ponto de vista histórico. Já aqueles escritos após a implantação do regime de Fidel Castro, quase sempre isentos de questionamentos mais profundos, não conseguem atender ao leitor mais exigente. Afinal, um poeta que se destacou pelo viés crítico acaba desenvolvendo uma espécie de nostalgia às avessas nos textos publicados durante o governo castrista - na qual exalta o momento em que vive em oposição a tudo que o antecedeu.
Escrevendo de acordo com a ideologia do Estado a que serve, os poemas de Guillén só não se perdem pela grande qualidade dos textos. O escritor cubano tem a capacidade de saber se renovar, experimentando novas possibilidades e ousando linguisticamente. É um poeta de inegável qualidade, mesmo quando submetido ao discurso oficial.
Além dessas mesclas culturais, como poeta negro não deixa de cantar sua ancestralidade. Principalmente nos livros do início de sua carreira, trabalha dialetos e expressões que remetem de forma imediata às suas raízes africanas.
Os poemas escritos no período anterior à Revolução, prenhes de utopia, são bastante interessantes do ponto de vista histórico. Já aqueles escritos após a implantação do regime de Fidel Castro, quase sempre isentos de questionamentos mais profundos, não conseguem atender ao leitor mais exigente. Afinal, um poeta que se destacou pelo viés crítico acaba desenvolvendo uma espécie de nostalgia às avessas nos textos publicados durante o governo castrista - na qual exalta o momento em que vive em oposição a tudo que o antecedeu.
Escrevendo de acordo com a ideologia do Estado a que serve, os poemas de Guillén só não se perdem pela grande qualidade dos textos. O escritor cubano tem a capacidade de saber se renovar, experimentando novas possibilidades e ousando linguisticamente. É um poeta de inegável qualidade, mesmo quando submetido ao discurso oficial.
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