Maria Teresa Horta esteve recentemente em voga no meio literário brasileiro, graças a uma das mesas de debate da Flip 2018. A escritora portuguesa é dona de uma poética singular, proficiente no gênero breve e intenso da poesia. Cavalgando por redondilhas, frases curtas, incompletudes, Maria Teresa se increve no cenário poético com um estilo bastante definido, ainda que não de todo avesso a certo experimentalismo.
O poema que abre a antologia - Mãe - dialoga com um dos versos mais conhecidos de Ana Cristina César: "e o único jardim de amor/ que cultivei/ de navios ancorados no espaço". E assim seguimos até o final do livro, com a voz de Maria Teresa intercalada a de outros tantos poetas - Sá Miranda, Camões, Ferreira Gullar...
Organizada em ordem cronológica, a antologia consegue revelar o refinamento da percepção poética da autora ao longo de mais de 40 anos de escrita. Assim, a obra se torna a cada página mais envolvente e menos hermética, ainda que preserve como característica definidora ao longo das décadas a produção de versos curtos e fragmentários. Excelente seleção e apresentação da poeta, o livro é um diálogo também com nossas necessidades contemporâneas - nomear o corpo, o sexo, a menstruação, a feminilidade.
O poema que abre a antologia - Mãe - dialoga com um dos versos mais conhecidos de Ana Cristina César: "e o único jardim de amor/ que cultivei/ de navios ancorados no espaço". E assim seguimos até o final do livro, com a voz de Maria Teresa intercalada a de outros tantos poetas - Sá Miranda, Camões, Ferreira Gullar...
Organizada em ordem cronológica, a antologia consegue revelar o refinamento da percepção poética da autora ao longo de mais de 40 anos de escrita. Assim, a obra se torna a cada página mais envolvente e menos hermética, ainda que preserve como característica definidora ao longo das décadas a produção de versos curtos e fragmentários. Excelente seleção e apresentação da poeta, o livro é um diálogo também com nossas necessidades contemporâneas - nomear o corpo, o sexo, a menstruação, a feminilidade.
Comentários
Postar um comentário