Rosa Montero é uma autora espanhola responsável por uma extensa obra, que abrange temas que vão da ficção científica a aventuras de cavaleiros andantes na Idade Média. Dona de uma linguagem acessível e conectada com o tempo em que está inserida, situa-se no limiar impreciso entre a alta literatura e os livros de entretenimento. Talvez por se recusar ao enclausuramento na torre de marfim (e por escrever tanto e ser tão lida), nem sempre é bem acolhida por seus pares - o que inclusive se pode notar na sua eleição frustrada a uma vaga na Real Academia Española em 2015.
Em "La ridícula idea de no volver a verte", na qual se increvem profundos traços autobiográficos, a escrita de Rosa torna-se quase transparente. A autora parte dos breves diários que a cientista Marie Curie fez após a morte de seu esposo, Pierre, para refletir sobre o falecimento de seu companheiro de mais de 2 décacas, Pablo Lizcano. Assim, uma perda real espelha a outra - e desse conjunto elabora-se a ficção.
Repleta de hashtags (que funcionam como índice onomástico), fotos e trechos de falas de Marie Curie, é um livro que se constrói de várias vozes e retalhos de experiências sobre a morte do ser amado. Verdadeiro, o discurso de Rosa nos abala e emociona. A voz de Curie, emoldurada pela escritora, é igualmente tocante. Duas mulheres fortes, duas experiências tocantes de luto e reflexão - em resumo, um livro potente e capaz de envolver o leitor.
Em "La ridícula idea de no volver a verte", na qual se increvem profundos traços autobiográficos, a escrita de Rosa torna-se quase transparente. A autora parte dos breves diários que a cientista Marie Curie fez após a morte de seu esposo, Pierre, para refletir sobre o falecimento de seu companheiro de mais de 2 décacas, Pablo Lizcano. Assim, uma perda real espelha a outra - e desse conjunto elabora-se a ficção.
Repleta de hashtags (que funcionam como índice onomástico), fotos e trechos de falas de Marie Curie, é um livro que se constrói de várias vozes e retalhos de experiências sobre a morte do ser amado. Verdadeiro, o discurso de Rosa nos abala e emociona. A voz de Curie, emoldurada pela escritora, é igualmente tocante. Duas mulheres fortes, duas experiências tocantes de luto e reflexão - em resumo, um livro potente e capaz de envolver o leitor.
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