Autor de livros que sempre namorei - Antologia da alimentação no Brasil, Lendas brasileiras -, Luís da Câmara Cascudo é um teórico com o qual só tomei contato agora. Os temas democráticos de suas obras, voltadas a recolher histórias, lendas e personagens do Brasil, podem passar a impressão errônea de que se trata de um escritor fácil; entretanto, bastante culto, Cascudo dialoga com a mesma tranquilidade com ditos populares quanto com variadas citações em francês, italiano, latim, alemão... até japonês!
No entanto, quem espera um trabalho estritamente acadêmico também verá os livros distanciando-se dessa classificação: com um jeito bastante livre de citar suas referências, sua escrita deixa qualquer amante da ABNT de cabelos em pé. Para quem não se importa nem com a erudição, nem com a fuga de metodologia estrita, os escritos do autor também podem causar incômodo - afinal, trata-se de uma visão histórica construída em meados do século XX, e que incorpora os preconceitos e visões de mundo de sua época.
Dentre tantos poréns, o que podemos encontrar afinal em Cascudo e que ainda reverbere em nossos dias? Ao documentar um mundo que já se perdeu, o sociólogo cria um panorama histórico muito mais íntimo e próximo do leitor contemporâneo. Assim, para entender o mundo dos grandes senhores de engenho, conversa com quem viveu neste meio - experiência que já não se pode reproduzir e nem suficientemente entender.
No entanto, quem espera um trabalho estritamente acadêmico também verá os livros distanciando-se dessa classificação: com um jeito bastante livre de citar suas referências, sua escrita deixa qualquer amante da ABNT de cabelos em pé. Para quem não se importa nem com a erudição, nem com a fuga de metodologia estrita, os escritos do autor também podem causar incômodo - afinal, trata-se de uma visão histórica construída em meados do século XX, e que incorpora os preconceitos e visões de mundo de sua época.
Dentre tantos poréns, o que podemos encontrar afinal em Cascudo e que ainda reverbere em nossos dias? Ao documentar um mundo que já se perdeu, o sociólogo cria um panorama histórico muito mais íntimo e próximo do leitor contemporâneo. Assim, para entender o mundo dos grandes senhores de engenho, conversa com quem viveu neste meio - experiência que já não se pode reproduzir e nem suficientemente entender.
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