Ao elencar o poeta Waly Salomão para interpretar Gregório de Mattos, o filme biográfico sobre o Boca do Inferno parecia ter por objetivo trazer mais vitalidade à recitação dos poemas que perpassam a obra. No entanto, se a escolha foi acertada, ela não é o suficiente para manter o interesse pelo longa.
Com um tom sépia que não sabe valorizar a fotografia, recitações longas e fastidiosas, o filme acaba prendendo mais a atenção pelo elemento da transgressão, tão presente na vida de Gregório. Contudo, até o profano acaba sendo banalizado, com as inúmeras cenas do poeta perseguindo freirinhas no convento.
Não chega ser de todo dispensável para quem se interessa pelo escritor, mas é uma obra que exige mais paciência do que a leitura de fato das poesias.
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