Dentre os tópicos do cinema latino-americano está o da narrativa centrada em pré-adolescentes, dos quais o chileno Machuca e o mexicano Mientras el lobo no está são excelentes exemplos. Talvez histórias arquetípicas de nações eternamente em desenvolvimento, talvez reflexo de uma juventude abandonada e sem esperanças no futuro: são muitas as leituras possíveis dos filmes centrados nessa faixa etária, o que também se aplica a La jaula de oro.
Com uma discussão absolutamente contemporânea (ainda que meia década já tenha passado de sua estreia), o longa traz como protagonistas 3 jovens que tentam atravessar a fronteira dos Estados Unidos, partindo da Guatemala. Com pouquíssimos diálogos e um tom mais pausado, o filme coloca o espectador em estado de suspensão e insegurança todo o tempo, mimetizando assim a falta de certezas dos personagens retratados.
Ainda que haja momentos de beleza na obra (o primeiro amor, a amizade entre os jovens), ela nos leva em uma crescente espiral de tristeza e desolação. As cenas finais são incríveis, e constroem uma metáfora avassaladora da situação dos imigrantes que conseguem ultrapassar a fronteira. Filme dolorido, agudo, necessário.
Com uma discussão absolutamente contemporânea (ainda que meia década já tenha passado de sua estreia), o longa traz como protagonistas 3 jovens que tentam atravessar a fronteira dos Estados Unidos, partindo da Guatemala. Com pouquíssimos diálogos e um tom mais pausado, o filme coloca o espectador em estado de suspensão e insegurança todo o tempo, mimetizando assim a falta de certezas dos personagens retratados.
Ainda que haja momentos de beleza na obra (o primeiro amor, a amizade entre os jovens), ela nos leva em uma crescente espiral de tristeza e desolação. As cenas finais são incríveis, e constroem uma metáfora avassaladora da situação dos imigrantes que conseguem ultrapassar a fronteira. Filme dolorido, agudo, necessário.
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