Já havia entrado em contato com a obra contemplativa de Jiro Taniguchi por meio do mangá "Guardiões do Louvre". Entretanto, em "O homem que passeia" me deparei com um tom ainda mais profundo pautando as observações do protagonista; afinal, trata-se aqui de uma publicação sobre a arte da caminhada e o ato de flanar pelas ruas da cidade.
Aparentemente despretensiosa, a produção de Taniguchi enreda o leitor em mistérios dos quais ele mal se dá conta. Assim, de forma bastante sutil, é proposta uma narrativa não linear, que pode enganar aquele que não esteja atento às mudanças de traços e pequenos elementos que denunciam a temporalidade da história.
O protagonista, do qual tão pouco sabemos (a não ser do seu prazer de caminhar sem rumo), consegue nos surpreender em uma reviravolta quase ao final da história - recurso similar também foi usado em "Guardiões do Louvre". Bem longe do universo de mangás de luta ou de romance, a obra de Taniguchi consegue desvelar as potencialidades do gênero.
Aparentemente despretensiosa, a produção de Taniguchi enreda o leitor em mistérios dos quais ele mal se dá conta. Assim, de forma bastante sutil, é proposta uma narrativa não linear, que pode enganar aquele que não esteja atento às mudanças de traços e pequenos elementos que denunciam a temporalidade da história.
O protagonista, do qual tão pouco sabemos (a não ser do seu prazer de caminhar sem rumo), consegue nos surpreender em uma reviravolta quase ao final da história - recurso similar também foi usado em "Guardiões do Louvre". Bem longe do universo de mangás de luta ou de romance, a obra de Taniguchi consegue desvelar as potencialidades do gênero.
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