"O sonho dos heróis" traz uma narrativa que, aparentemente, passa sem deixar maiores rastros na memória do leitor. No entanto, ao elencarmos em uma só frase as palavras "aparentemente", "sonho" e "memória", já podemos nos dar conta de que o mundo construído por Bioy Casares em seu curto romance apresenta mais elementos do que poderíamos supor em uma primeira abordagem.
Boa parte da trama principal descreve feitos cotidianos, comuns, que não atraem o leitor com o tão esperado real maravilhoso latino-americano. Contudo, é sob essa camada de realidade apática que perpassa a magia, a possibilidade de redefinir destinos, de misturar tempos e personagens em um mesmo cenário.
Assim, se é verdade que este é um livro que não provoca profundo impacto no leitor desde o seu começo, também o é que desperta a vontade imediata de relê-lo após seu glorioso final. Bioy Casares consegue reproduzir sensação similar à de acordarmos de um sonho ao final da leitura; entretanto, opera pelo inverso: o que nos parece tedioso talvez seja o sonho e o maravilhoso, a realidade.
Boa parte da trama principal descreve feitos cotidianos, comuns, que não atraem o leitor com o tão esperado real maravilhoso latino-americano. Contudo, é sob essa camada de realidade apática que perpassa a magia, a possibilidade de redefinir destinos, de misturar tempos e personagens em um mesmo cenário.
Assim, se é verdade que este é um livro que não provoca profundo impacto no leitor desde o seu começo, também o é que desperta a vontade imediata de relê-lo após seu glorioso final. Bioy Casares consegue reproduzir sensação similar à de acordarmos de um sonho ao final da leitura; entretanto, opera pelo inverso: o que nos parece tedioso talvez seja o sonho e o maravilhoso, a realidade.
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