Os primeiros minutos de "A vida invisível" me deixaram ressabiada; afinal, um dos indícios de uma adaptação mal-sucedida de livro para as telas costuma ser a voz do narrador transposta tal qual aparece na obra literária: uma enunciação onisciente e que claramente lê trechos do livro-base enquanto as cenas se desenrolam.
No entanto, em pouco tempo a produção desfaz essa má impressão inicial para se tornar uma obra de arte bem pensada e que tem sim uma linguagem própria muito bem trabalhada. Com atuações potentes (para não dizer da participação brilhante de Fernanda Montenegro), o filme sabe como conquistar o espectador.
De todos os aspectos que me agradaram, o que mais me tocou foi a visão particularmente feminina da realidade. Várias opressões e angústias que afligem o gênero são delicadamente retratadas, de uma forma sutil (mas que não se abstém de ser politicamente demarcada).
No entanto, em pouco tempo a produção desfaz essa má impressão inicial para se tornar uma obra de arte bem pensada e que tem sim uma linguagem própria muito bem trabalhada. Com atuações potentes (para não dizer da participação brilhante de Fernanda Montenegro), o filme sabe como conquistar o espectador.
De todos os aspectos que me agradaram, o que mais me tocou foi a visão particularmente feminina da realidade. Várias opressões e angústias que afligem o gênero são delicadamente retratadas, de uma forma sutil (mas que não se abstém de ser politicamente demarcada).
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