Coletânea de contos bastante sucinta (com pouco mais de 100 páginas), "Intérprete de males" é a estreia de Jhumpa Lahiri no meio literário. Muito mais do que vícios de um autor iniciante, o que encontramos na obra são as temáticas que serão retomadas pela escritora - com igual afinco - em publicações posteriores.
São contos em que a alteridade é trabalhada de diferentes formas, mas quase sempre gerando choque e confronto. Não encontramos neste livro de Jhumpa nem a falácia de uma cultura democrática e pronta a acolher o diferente, nem excessos na caracterização daquele que é estrangeiro.
Uma das marcas mais interessantes em sua escrita é o uso de poucos, mas incisivos elementos para caracterizar seus personagens. Esse recurso fica ainda mais evidente nos excelentes contos que são narrados sob a perspectiva de uma criança - nos quais a estranheza de pequenos gestos e objetos é ampliada pelo olhar daquele que descobre o mundo (e, junto a ele, o que nos aproxima e diferencia).
São contos em que a alteridade é trabalhada de diferentes formas, mas quase sempre gerando choque e confronto. Não encontramos neste livro de Jhumpa nem a falácia de uma cultura democrática e pronta a acolher o diferente, nem excessos na caracterização daquele que é estrangeiro.
Uma das marcas mais interessantes em sua escrita é o uso de poucos, mas incisivos elementos para caracterizar seus personagens. Esse recurso fica ainda mais evidente nos excelentes contos que são narrados sob a perspectiva de uma criança - nos quais a estranheza de pequenos gestos e objetos é ampliada pelo olhar daquele que descobre o mundo (e, junto a ele, o que nos aproxima e diferencia).
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