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Elena (filme de 2012)

Antes de assistir ao brasileiro indicado ao Oscar ("Democracia em vertigem"), quis conhecer um pouco do cinema de Petra Costa. "Elena" foi minha porta de entrada para a obra da diretora - que me abriu não só para a sua linguagem cinematográfica, mas também para sua biografia. 

Neste documentário sensível e profundamente pessoal, Petra nos narra a história de sua irmã Elena, que cometeu suicídio no início da juventude. Assim, acompanhamos não só a perspectiva da diretora adulta, como também a da menina de 7 anos que descobre que sua única irmã se matou.

Com o olhar da maturidade, a diretora revê sua irmã - e, ao recuperar desde filmagens de aniversário a gravações em K7s, vemos o quanto Elena era uma jovem inteligentíssima. Suas falas ao longo do filme me lembraram um pouco o tom de uma Ana Cristina César, com uma irreverência avassaladora. 

A produção de Petra é uma justa homenagem à irmã que conheceu por apenas 7 anos, mas que marcou todas suas decisões posteriores (como estudar cinema, dança e interpretação). Neste filme, por meio de Elena, vemos Petra - em um espelhamento que é brutalmente delicado.


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