O fato de "Little Women" ser um clássico da literatura estadunidense não causa espanto, se consideramos as raízes fundantes da cultura ianque. Muito mais visível que a qualidade literária é o quanto ela corrobora discursos pautados por valores morais - como ser uma boa mulher, uma boa filha, um bom soldado, um bom patriota.
Uma espécie de projeção da autora (que, surpreendentemente, era uma mulher bastante progressista), a personagem Jo é a mais interessante de acompanhar ao longo da narrativa. No entanto, mesmo ela acaba submetendo sua irreverência aos padrões de bom comportamento da época.
Se o livro chega a ser sufocante com suas tentativas de definir réguas morais, o mais recente filme sobre a obra é acalentador. Com uma fotografia muito bem pensada, passa a sensação de uma história aconchegante. Além disso, ao romper a linha cronológica e esfumaçar os limites entre a biografia da escritora e sua criação, acaba sendo uma produção mais ousada do que a narrativa que lhe deu origem. Um dos raros casos em que o filme é muito melhor do que o livro.
Uma espécie de projeção da autora (que, surpreendentemente, era uma mulher bastante progressista), a personagem Jo é a mais interessante de acompanhar ao longo da narrativa. No entanto, mesmo ela acaba submetendo sua irreverência aos padrões de bom comportamento da época.
Se o livro chega a ser sufocante com suas tentativas de definir réguas morais, o mais recente filme sobre a obra é acalentador. Com uma fotografia muito bem pensada, passa a sensação de uma história aconchegante. Além disso, ao romper a linha cronológica e esfumaçar os limites entre a biografia da escritora e sua criação, acaba sendo uma produção mais ousada do que a narrativa que lhe deu origem. Um dos raros casos em que o filme é muito melhor do que o livro.
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