Meio-termo agradável entre "A vida é bela" e os filmes de Wes Anderson, "Jojo Rabbit" consegue fazer comédia e trabalhar a emotividade sem cair totalmente na superficialização dos discursos sobre a guerra.
Um dos pontos mais interessantes de acompanhar ao longo da narrativa é ver o amigo imaginário de Jojo (uma versão fofinha de Adolf Hitler) ir se transformando aos poucos, fazendo exigências que se contrapõem à ética do protagonista.
O olhar infantil que conduz a trama é uma boa justificativa narrativa para a abordagem menos complexa de alguns temas; além disso, causa um poderoso efeito de estranhamento ao ser contraposto à violência mais crua da guerra. Sorrateiramente, a frialdade e a desilusão permeiam a trama, mesmo que não aniquilem o tom mais leve da obra.
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