Uma de nossas tarefas, enquanto adultos, passa por tentar entender quem foram nossos pais. Nesse processo de espelhamentos, procuramos encontrar quem somos na imagem que se reflete tortamente em nossos genes e decisões. Em "Fun Home", a autora Alison Bechdel cria uma narrativa autobiográfica poderosa, na qual a figura de seu pai – gay e suicida – é analisada poeticamente.
Repleta de intertextualidades literárias, a HQ é um prato cheio para quem gosta tanto de mitos gregos quando da cena parisiense dos anos 1920. A linguagem da autora, ainda que incisiva, resgata bastante desse universo literário nas descrições que faz de seu ambiente familiar.
Repleta de intertextualidades literárias, a HQ é um prato cheio para quem gosta tanto de mitos gregos quando da cena parisiense dos anos 1920. A linguagem da autora, ainda que incisiva, resgata bastante desse universo literário nas descrições que faz de seu ambiente familiar.
"Fun home" é também uma história de autodescoberta. É ao se descobrir homossexual que Alison vislumbra os segredos de seu pai, até então não revelados. Livro doloroso, constitui uma homenagem difícil (e nem por isso menos potente).
Comentários
Postar um comentário