Flannery O'Connor teve uma vida curta, na qual se consagrou principalmente como escritora de contos. Esta coletânea foi minha primeira imersão na obra da autora, da qual saí com algumas impressões conflitantes.
As personagens que movimentam as tramas são bastante caricatas do sul dos Estados Unidos: preconceituosas, racistas, calcadas na religião e na moral. Assim, elas geram uma antipatia imediata – e o fato de a própria autora ser uma mulher muito religiosa não melhora essa impressão. É difícil encontrar prazer nos enredos quando se sabe que a intenção de Flannery era criticar tudo o que não fosse redenção por Cristo.
Além disso, outro fato que me incomodou em alguns contos foi a ênfase em aspectos que antecipam o final. Seguindo as lições de Tchekhov, Flannery sabe que, se um revólver aparece no conto, é para ser disparado. No entanto, é tamanho o foco colocado sobre o gatilho que se torna um pouco óbvio para o leitor o desfecho.
Além disso, outro fato que me incomodou em alguns contos foi a ênfase em aspectos que antecipam o final. Seguindo as lições de Tchekhov, Flannery sabe que, se um revólver aparece no conto, é para ser disparado. No entanto, é tamanho o foco colocado sobre o gatilho que se torna um pouco óbvio para o leitor o desfecho.
Comentários
Postar um comentário