Talvez o gênero mangá peça, naturalmente, por sequências mais longas e tramas romanescas. Quando se reduzem a um único volume, ao menos para mim, a experiência dificilmente é arrebatadora.
"O último voo das borboletas" traz várias características bem pensadas: o traço mistura aspectos usuais do gênero enquanto dialoga com as graphic novels; as cenas de fundo são quase tão interessantes quanto a história em primeiro plano, revelando quadros de um Japão prestes a se ocidentalizar; a narrativa é bem amarrada, sem deixar pontas soltas ou conflitos não resolvidos.
Ainda assim, não é uma leitura imperdível. O que mais me cativou no mangá foi o trabalho editorial; o contexto histórico que a tradutora aproxima do leitor, por meio de um glossário muito pertinente, é um dos pontos de maior destaque na publicação.
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