Essa é minha segunda tentativa com a literatura de Vargas Llosa, que já me causa uma antipatia natural por seu posicionamento político conservador e suas falas carregadas de preconceito e falta de bom senso. Novamente (assim como em "Os chefes"), me deparei com uma obra que pouco me faz relevar o mau caráter de que o escreve.
"El sueño del celta" é um resgate histórico de um personagem real – e, assim, dificilmente não seria enviesado. É tamanha a quantidade de adjetivos que Llosa usa para construir o seu protagonista que chega a parecer a obra de um autor principiante. Além disso, basta um pouco de pesquisa para ver que a narrativa deixa muitos fatos imprescindíveis de lado, como a pirataria genética do látex empreendida pela Inglaterra, o conflito pelos seringais na Amazônia, os milhares de mortos na construção da Madeira Mamoré.
Não interessa pela prosa e muito menos pelo recorte histórico. Pior livro que li este ano e uma das minhas últimas tentativas de entender o porquê de um Nobel para um escritor tão fraquinho literariamente.
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