Já tinha obtido um bom panorama da vida de Einstein pela primeira temporada da série Genius. Um dos fatos que mais tinha me impressionado (e de que até então não fazia ideia) foi a relevância de Mileva Maric Einstein como assistente de cálculo do marido. Talvez o obscurantismo a que Mileva foi relegada — além do fato de ter desistido de uma carreira que teria de tudo para ser brilhante — acabou me deixando um pouco avessa à figura do físico alemão.
A biografia de Walter Isaacson me ajudou a conseguir enxergar a genialidade científica e humanitária de Einstein, ainda que repleta de nuances machistas. Por mais que não se trate de um texto isento de críticas, é difícil não se deixar tomar pela reverência que o escritor tem em relação a seu biografado.
Apesar de ser um livro por vezes maçante para quem não é de Exatas, as compilações das máximas de Einstein fazem a leitura se tornar mais leve — mesmo em meio a explicações de cálculos da teoria da relatividade. No entanto, não se trata de uma contextualização profunda dos detalhes matemáticos; Isaacson consegue pinçar o que é fundamental (seja um conceito matemático, seja um paradoxo político). E, quanto mais se aproxima da morte, mais a persona de Einstein vai se aproximando à de um avô fofinho. Assim, saímos da leitura com um enorme carinho por essa brilhante vida que conhecemos.
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