Para quem gosta da linha Agatha Christie/quem matou Odete Roitman, o filme cai como uma luva. Seu grande diferencial é usar a clássica estrutura do whoddunit com uma roupagem fresca, mas sem deixar de ser instigante.
Um dos pontos mais interessantes do enredo é o fato de o assassinado ser um escritor de livros de suspense e mistério; assim, a metalinguagem proposta consegue abarcar muito do gênero, como se a morte do autor lhe imitasse a vida (ou o que dela pôs na ficção).
Há também alguns diálogos com uma cultura mais moderna, trazendo a questão da imigração (e da xenofobia), o ódio compartilhado nas redes sociais e uma protagonista lésbica. Essas pinceladas de contemporaneidade tornam o enredo muito atual, desenferrujando a estrutura clássica do suspense.
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