Não sei se, na ordem de publicação, o livro sobre Alfonsina Storni veio antes que o sobre Che Guevara. De qualquer forma, para mim foi um alívio ver que tudo o que não tinha gostado no Che — a linguagem inclusiva-incompreensível, a valorização da guerra, a apresentação da figura retratada como grande herói — não estão presentes aqui. Abro uma exceção para os erros de ortografia, que eram abundantes no Che... e que também passam na biografia da poeta argentina.
O retrato de Storni é feito com muita delicadeza. Minha única dúvida é em relação ao modo como seu suicídio é descrito, com um tom que beira a exaltação. Ainda que o tema deva ser discutido com as crianças, precaução pouca não é bobagem.
As atividades propostas ao final da leitura trabalham brincadeiras com rimas e versos. São excelentes para conhecer mais de perto os poemas de Alfonsina e o ofício de poeta.
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