As solidões de Babel são compostas de 6 partes: Aquí lejos, Babel, Tréboles, Saturaciones y terapias, Caracol de sueño, Praxis del fulano. Com cerca de 150 páginas, é uma coletânea de poemas com mais fôlego, que agrupa diferentes temas da poética de Benedetti sob o guarda-chuva da linguagem.
Publicado em 1991, o livro conta com um autor mais maduro – mas que não me encantou tanto quanto a obra publicada mais de 20 anos antes, Cotidianas. Talvez o passeio por diferentes paisagens da solidão a que a linguagem leva (e não são elas infinitas?) traz menos unidade ao conjunto.
A primeira parte, Aquí lejos, traz o olhar do exilado político que volta a seu país e continua lidando com a desesperança e o desenraizamento – sem dúvida, foi do que mais gostei na obra. As seguintes partes são de alguma forma autoexplicativas pelo título (as confusões da linguagem, a natureza, exercícios poéticos, o onírico, a oscilação entre o universal e o lírico de qualquer fulano), mas não tão bem amarradas quanto o começo da obra.
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