A aura mística de fama que ronda os magakas japoneses inspira jovens artistas brasileiros há um bom tempo. No entanto, a publicação de mangás está restrita, basicamente, a lançamentos de autores independentes que logo descobrem não haver terreno fértil para esse tipo de arte por aqui.
Nesse contexto, Shamisen é uma obra que rompe muitos padrões e estereótipos ligados ao gênero. Trata-se de uma produção nacional, ainda que navegue pela cultura japonesa e tenha uma ampla assessoria para entender e repassar aspectos da arte milenar do instrumento que lhe dá título.
Há um quê de tropicália que invade as páginas do quadrinho, marcando-o como território brasileiro. Contudo, passa longe da descaracterização da arte que retrata: é apenas um modo de rever a tradição sob uma ótica que ultrapassa fronteiras, em um movimento antropofágico.
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