Li 1984 pela primeira vez em 2014, quando a tecnologia dos smartphones ainda parecia distante da ideia de um controle total da população. Apenas sete anos depois, a obra cresce ainda mais pelo poder premonitório de Orwell. Carregamos a teletela no bolso, e pagamos caro por ela. Saber que tudo o que escrevemos e falamos é capturado e transformado em algoritmo não nos assusta mais.
Durante a releitura, o trecho que mais me cativou foram as passagens do livro do partido, lido às escondidas por Winston. A descrição da organização social que culminou no Grande Irmão é impressionante – e bastante verossímil para encontrar um correspondente em nossa realidade.
Poucas passagens de 1984 são marcadas por uma linguagem mais elaborada, por um cuidado na criação de imagens; no geral, trata-se de uma escrita mais contida, que relata os fatos em um tom sóbrio.
Já na adaptação em quadrinhos de Titeux de la Croix, o trabalho com metáforas e alusões é mais livre. Ainda que não fuja do que é narrado no livro de Orwell, o quadrinista consegue atribuir novas camadas de significado à obra (como deveria ser toda adaptação para outra linguagem).
Poucas passagens de 1984 são marcadas por uma linguagem mais elaborada, por um cuidado na criação de imagens; no geral, trata-se de uma escrita mais contida, que relata os fatos em um tom sóbrio.
Já na adaptação em quadrinhos de Titeux de la Croix, o trabalho com metáforas e alusões é mais livre. Ainda que não fuja do que é narrado no livro de Orwell, o quadrinista consegue atribuir novas camadas de significado à obra (como deveria ser toda adaptação para outra linguagem).
Comentários
Postar um comentário