À primeira vista, muito do que está presente no conto de Murilo Rubião não seria adequado às crianças: personagens fumando, alusão sexual, a figura de uma mulher que bem poderia ser uma prostituta... ainda assim, não me coube mais do que ficar boquiaberta ao fim dessa breve leitura.
Decidir por dar formas e vida ao conto original não foi uma decisão isenta de riscos. No entanto, mesmo que longe de figuras como o coelho de Alice ou Peter Rabbit, o coelho em terras tupiniquins também presenteia o leitor com um forte elemento de fantasia e a beleza do inesperado.
É o tipo de livro que continua crescendo dentro de nós após a leitura, transformando-se tão velozmente quanto Teleco, ser tão afeiçoado à arte de metamorfosear.
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