Acompanho o trabalho de Lian Tai praticamente desde que comecei a me aventurar com uma mochila pelo mundo. Com inserção em diversas áreas artísticas, sua faceta de escritora de viagens e de maternidade é a que mais me fisga.
Tinha uma forte lembrança afetiva dos relatos de Varanasi, publicados no Facebook enquanto Lian ainda estava na Índia. A ideia de permanecer em um lugar turístico até conhecer sua essência desprovida de maquiagem me fascinou na época. Enquanto folheava as primeiras páginas do livro, fiquei na dúvida se meu encanto passado se justificava: mas era só isso? Por que tinha gostado tanto dessas crônicas antes?
Como uma boa viagem, o livro se revela aos poucos. Não dá para embarcar de primeira e querer sentar na janelinha. Caminhando com os relatos da autora pelas páginas de Varanasi, temos a surpresa do olhar estrangeiro permeado pela vivência de quem se estendeu um tanto mais, com a calma de descobrir uma cidade e pensar sobre ela. É um conjunto belíssimo de crônicas, que precisam da bênção do deus Chronos (além de Shiva) para serem apreciadas com calma.
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