Imigração, refugiados, fuga de regimes autoritários - não tem como o cinema atual escapar disso, mesmo quando o tema é justamente a (tentativa de) evasão de fronteiras.
Com indicações a melhor filme e melhor filme estrangeiro do Oscar deste ano, Flee é uma produção com linguagens múltiplas: da animação a cenas filmadas documentais, do afegão ao russo e ao inglês.
O mais bonito é como a costura de fragmentos é feita com retalhos imprecisos da memória. Há várias idas e vindas na narrativa para refazer afirmações, redescobrir culpas e histórias perdidas em um processo de reconstruir a identidade roubada. É no contar-se que a vida se consolida.
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