No cinema que se produz hoje, é recorrente esbarrar nas mesmas questões gritantes da nossa atualidade: imigração, fragilidade do conforto da classe média, subemprego, exploração. São os assuntos mais prementes da nossa difícil convivência... e é tão bonito vê-los retratados com profundidade que ressignifica e questiona.
Quase toda obra, se analisada com ponta de faca, apresentará problemas - ainda mais ao tocar em temas tão delicados. Aqui, o que temos não é um filme perfeito, mas sim uma produção capaz de comover e levar a compreender minimamente a dor de quem nos é estranho.
Por mais que aborde a catástrofe humanitária de imigrantes e refugiados, o longa é permeado de leveza, humor e amor. Talvez o contraste seja proposital, para aumentar o baque quando o desespero bate à porta do protagonista. Mas a vida também é assim, feita de doses imprevisíveis de alegria e devastação.
Comentários
Postar um comentário