Alguns elementos na poética de Circe Maia, escritora uruguaia, me lembraram da minha poeta brasileira preferida: Ana Martins Marques. Assim como nossa conterrânea, Circe faz a poesia dos pequenos objetos, em que uma cadeira ou uma folha de papel se transformam em convites para a filosofia e a metalinguagem.
O que mais se ressalta no conjunto de poemas do livro, contudo, talvez seja a questão do duplo: o que se espera e o que se alcança, o que se escreve e o que não se registra, a autora e seus leitores. É nessa travessia de espelhos singulares, iluminada pela graça das pequenas coisas, que a poeta constrói um conjunto de versos solares.
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