É a terceira vez neste ano que vejo um filme fraco guiada por uma nota alta no imdb – em todos os casos, se tratava de obras estreladas por crianças. Cheguei à conclusão de que são avaliações motivadas pela fofura das protagonistas... e não pelo enredo. Em "Pequena mamãe", além do ritmo lentíssimo da trama, a intencionalidade de defrontar uma filha com a versão infantil de sua própria mãe é óbvia demais. Todo o discurso de que os pais deveriam passar mais tempo com seus rebentos fica gritando na tela, sem dar espaço para nada além de uma lição de moral clichê.
Vulgarizado após a criação dos reality shows , o livro de George Orwell se tornou um daqueles clássicos que todos comentam e que ninguém leu. Qualquer um quer falar com propriedade do Grande Irmão, da sociedade vigiada, mas todos esses clichês não chegam perto do clima opressor que o autor impõe à sua narrativa. 1984 é uma obra provocativa e premonitória. Ainda que as ditaduras não tenham obtido o poder previsto pelo escritor (pois se travestiram de democracia), os cenários descritos são um retrato mordaz dos nossos tempos modernos. Um exemplo: para entreter a grande massa (os "proles"), o governo do Grande Irmão tem em seu poder máquinas que criam letras de músicas de amor aleatoriamente. Essas canções, desprovidas de essência humana, são entoadas pelo povo e logo se tornam o ritmo do momento. E assim se revela mais um dos inúmeros meios de controlar uma população que não pensa, não critica e não questiona. Quando foi escrito, 1984 era uma obra futurística. Lido h...
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