Apesar de saber deste filme desde o lançamento, passei uma década sem coragem de vê-lo. Mais medonho que qualquer filme de terror, a trama parte da ideia de como uma mentira de criança pode arruinar uma vida para sempre.
No enredo, um professor de creche é acusado de pedofilia por uma das menininhas da instituição, filha de seu melhor amigo. Uma das grandes sacadas do filme é deixar uma desconfiança de que algo realmente possa ter acontecido (seja com o professor ou com os outros adultos que cercam a criança). Apesar de todas as evidências em contrário, como desconfiar da narrativa de quem é tão inocente?
Além das possibilidades de interpretação da história da menina, o que também fica em jogo é a atitude dos adultos. É como se, diante de um problema difícil, ninguém tivesse maturidade o suficiente para lidar com a situação; o que todos procuram são respostas fáceis e um culpado que seja punido – seja com a justiça penal, seja com as próprias mãos.
Filmaço.
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