Filmes de ação costumam me perder logo nas primeiras cenas de luta. Em “Gladiador”, apesar da temática agressiva, há elementos que fazem o restante valer a pena. Priorizando o contexto de desenvolvimento da filosofia romana no qual se insere, o enredo é permeado de reflexões sobre o que é o poder, a república, a vontade do povo, o bem e o mal.
Se não fosse pela escolha acertada dos atores, talvez a trama reverberasse em um maniqueísmo fácil. Contudo, a figura calma e concentrada de Russell Crowe nega o estereótipo do guerreiro valente; de forma parecida, Joaquin Phoenix representa um vilão com baixa autoestima e vacilante nas decisões que toma, por mais violentas que sejam. Quase um quarto de século depois de sua estreia, é uma obra que envelheceu bem, com questionamentos que seguem atemporais.
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