Escrito no calor do momento, é um livro com prazo de validade; seu grande clímax é deixar o leitor na expectativa de saber quem ganhará as eleições de 2022 (Lula ou Bolsonaro). Com uma tentativa de reproduzir o conteúdo na forma, a peça teatral contempla o debate dos dois protagonistas: um casal de jornalistas recém-divorciado, ambos progressistas, que discutem com ardor sobre os rumos das transmissões eleitorais televisivas.
Apesar de um ou outro argumento bem elaborado, o texto é a reprodução de falas já muito marcadas em todas as discussões de bar, acrescentando pouco ou nada de mais profundo ao panorama atual. De certa forma, ainda bem que o texto ficou datado: é preciso abrir caminhos a novos diálogos e enterrar de vez os fantasmas de um passado miliciano.
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