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Rilke shake (Angélica Freitas)

Apesar de não contar com nenhuma subdivisão que agrupe os poemas apresentados, a primeira metade do livro me encantou bem mais que o restante dele. Nos textos que inauguram a obra, a verve irônica da poeta está afiadíssima, criando versos que são quase lacrações. Os temas que apareceriam depois, em “Um útero é do tamanho de um punho”, já começam a dar as caras por aqui.


Do meio para o final, o livro conta com muitas referências textuais específicas – seja a algumas figuras históricas, como Gertrude Stein e Ezra Pound, seja às vivências próprias da poeta. Como a obra se propõe a ser uma grande batida de referências literárias, faz sentido – só não agrada a todos os paladares.




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