Mais que um divisor de águas na nossa literatura contemporânea, é um divisor de opiniões: são muitos os elogios à obra, mas há quem prefira chamá-la de irresponsável.
Eu fico boiando em meio ao caminho. O início do romance é o que menos me agradou, com frases de efeito forçadas e a ideia da prostituta que ama o que faz, como se não houvesse graves violências na sujeição imposta de corpos ao prazer alheio.
Aos poucos, o livro melhora. Surgem personagens cativantes e a autora afina seu estilo, criando cenas de muita beleza. O problema é que, no fim das contas, trata-se de um enredo sobre perdoar o imperdoável, com passada de pano à misoginia mais brutal.
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