O título já bastaria para listar esse livro de poemas entre os mais importantes da poesia contemporânea brasileira. Como um punho cerrado, os versos de Angélica Freitas atingem o leitor no peito, coração adentro.
As três primeiras partes da publicação (“uma mulher limpa”; “mulher de”, “a mulher é uma construção”) brincam com os discursos violentos do que se espera do gênero. Os poemas também ironizam as expectativas em relação à própria poesia (na parte intitulada “3 poemas com o auxílio do google”, por exemplo). Banhados de ironia, os textos revelam um jeito de fazer poesia como quem acha graça das vociferações de ódio contra a mulher, expondo o ridículo da violência de gênero.
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