Um suspense que trabalha com alguns dos nossos maiores medos, sem mostrar uma gota de sangue - este é o plot básico de O silêncio do lago, obra holandesa de quase 30 anos, mas ainda extremamente atual nas neuras e aflições que aborda.
Sem ser necessariamente cronológico, o filme passeia entre diferentes momentos da narrativa, com foco alternado entre os dois protagonistas. Ainda que, em uma leitura mais superficial, possamos classificar esses personagens como vilão e herói, o fato é que eles compartilham algumas características no decorrer da trama - como se um fosse o duplo do outro.
A ligação entre o começo e o fim da longa, que remete à ideia do círculo, do ciclo, é trabalhada por meio de metáforas visuais bastante interessantes. O final surpreendente, que dura poucos minutos em tela, é arrebatador. Enfim, um filme pavoroso por opção de gênero, e não por falta de estilo.
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