Ademais de ser o livro que serviu de base para o filme Escritores da liberdade, este é um relato real de experiências educacionais dentro e fora da sala de aula, na voz de 142 estudantes e da professora-motivadora. Erin Gruwell é uma profissional altamente inspiradora (quase no limiar entre a vocação e o papel de mártir), que realiza um esforço gigantesco em prol da aprendizagem de adolescentes em situação de risco. O resultado é um livro tocante, forte - e produzido pelos próprios alunos durante suas aulas de língua inglesa.
O longa-metragem inspirado nessas páginas, apesar de ser muito bem realizado, peca por uma ou outra idealização em relação ao ato de ensinar. O livro, um pouco mais cru, não esconde os problemas enfrentados por essa professora, muito mais humana que super-heroína. Aqui temos o relato de quando ela pensou em desistir da turma, confissões de alunos usuários de drogas, reclamações em relação à aula ou aos outros estudantes... Tudo o que no filme é perfeito, aqui é matizado em sua complexidade. Afinal, somos todos humanos e todos falhos.
São tantos os problemas enfrentados pelos alunos que são até difíceis de enumerar: uso de drogas, pais violentos, estupro, bullying, perseguição por gangues, preconceito racial, doenças graves, aborto, dificuldade de aprendizagem, dislexia, submissão a padrões de beleza, trotes de admissão nas gangues... Em meio a uma sala múltipla (ainda que rotulada, de forma homogeneizadora, como "abaixo das expectativas"), o incentivo que Gruwell conseguiu dar a seus alunos é incrível. Por mais que haja uma forte vontade e dedicação por parte dela, a solução encontrada passou também por um caminho relativamente simples: o prazer pela leitura. Enquanto ainda estamos de luto pela morte de Candido, nunca é demais lembrar do mestre: todos temos o direito inalienável à literatura. É essa a lição básica que esta professora retoma, com sucesso.
O longa-metragem inspirado nessas páginas, apesar de ser muito bem realizado, peca por uma ou outra idealização em relação ao ato de ensinar. O livro, um pouco mais cru, não esconde os problemas enfrentados por essa professora, muito mais humana que super-heroína. Aqui temos o relato de quando ela pensou em desistir da turma, confissões de alunos usuários de drogas, reclamações em relação à aula ou aos outros estudantes... Tudo o que no filme é perfeito, aqui é matizado em sua complexidade. Afinal, somos todos humanos e todos falhos.
São tantos os problemas enfrentados pelos alunos que são até difíceis de enumerar: uso de drogas, pais violentos, estupro, bullying, perseguição por gangues, preconceito racial, doenças graves, aborto, dificuldade de aprendizagem, dislexia, submissão a padrões de beleza, trotes de admissão nas gangues... Em meio a uma sala múltipla (ainda que rotulada, de forma homogeneizadora, como "abaixo das expectativas"), o incentivo que Gruwell conseguiu dar a seus alunos é incrível. Por mais que haja uma forte vontade e dedicação por parte dela, a solução encontrada passou também por um caminho relativamente simples: o prazer pela leitura. Enquanto ainda estamos de luto pela morte de Candido, nunca é demais lembrar do mestre: todos temos o direito inalienável à literatura. É essa a lição básica que esta professora retoma, com sucesso.
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