Sem nunca ter, de fato, ocupado um lugar de primazia dentre meus cronistas preferidos, Mario Prata já me trouxe algumas leituras leves, descompromissadas, pautadas por um tom informal, de bate-papo com o leitor; dentre elas, por exemplo, está o divertido "Diário de um magro", que relata as travessuras do narrador dentro de um spa.
O que sempre me incomodou na escrita do autor não foi propriamente o seu estilo, mas a sua excessiva liberdade; a título de ilustração, vale comentar seu livro mais conhecido, "Mas será o Benedito?", que cria falsas etimologias para várias palavras da língua portuguesa. Um leitor mais desavisado, que "compre" as histórias oferecidas pelo escritor, sairá deliciado da experiência, mas igualmente repleto de informações equivocadas.
Nas 100 crônicas (que, na verdade, são 129), não há este aspecto megalomaníaco de Prata, o que torna a leitura mais crível - e prazerosa. Nem sempre o tom empregado pelo autor está desprovido de algum preconceito (como quando descreve um personagem negro ou uma mulher estereotipada), mas, no geral, os textos são interessantes. Por não se deter muito em aspectos políticos ou sociais (ainda bem, pois nota-se a sua coxinhazisse), preferindo analisar detalhes do cotidiano, o autor compõe textos despretensiosos, mas que valem a leitura. Não chega a ser a prata da casa, mas é um bom ouro de tolo.
O que sempre me incomodou na escrita do autor não foi propriamente o seu estilo, mas a sua excessiva liberdade; a título de ilustração, vale comentar seu livro mais conhecido, "Mas será o Benedito?", que cria falsas etimologias para várias palavras da língua portuguesa. Um leitor mais desavisado, que "compre" as histórias oferecidas pelo escritor, sairá deliciado da experiência, mas igualmente repleto de informações equivocadas.
Nas 100 crônicas (que, na verdade, são 129), não há este aspecto megalomaníaco de Prata, o que torna a leitura mais crível - e prazerosa. Nem sempre o tom empregado pelo autor está desprovido de algum preconceito (como quando descreve um personagem negro ou uma mulher estereotipada), mas, no geral, os textos são interessantes. Por não se deter muito em aspectos políticos ou sociais (ainda bem, pois nota-se a sua coxinhazisse), preferindo analisar detalhes do cotidiano, o autor compõe textos despretensiosos, mas que valem a leitura. Não chega a ser a prata da casa, mas é um bom ouro de tolo.
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