Elena Ferrante é uma das personalidades literárias de maior destaque dos últimos anos. No entanto, sua produção não é recente; se os seus livros ocuparam o foco da mídia recentemente (estimulando as traduções brasileiras), talvez seja, em grande parte, por seu olhar mais feminino (ista?) sobre o mundo.
Autora polêmica, ela consegue angariar muitos leitores ainda que seus temas sejam bastante delicados. Ao abordar na sua tetralogia napolitana a história de duas amigas, a italiana ora fere os brios dos homens (com retratos bastante intensos da violência masculina), ora destrói o conceito de sororidade (revelando o quanto a relação entre duas mulheres pode ser permeada de amor e ódio).
"A amiga genial", primeiro livro da série, já nos introduz ao universo de Lena e Lila, amigas que vivem um relacionamento bastante destrutivo. Com personalidades opostas, passam grande parte da trama espelhando-se uma na outra, em uma competição constante (com apenas breves momentos de irmandade).
Se a leitura da obra incomoda, por outro lado ela também toca o leitor com a sua sinceridade e verossimilhança. Na sua tentativa de retratar o mundo de forma literária, Ferrante não suaviza o discurso nem as personagens. É um romance tão violento e intenso quanto a amizade que narra.
Autora polêmica, ela consegue angariar muitos leitores ainda que seus temas sejam bastante delicados. Ao abordar na sua tetralogia napolitana a história de duas amigas, a italiana ora fere os brios dos homens (com retratos bastante intensos da violência masculina), ora destrói o conceito de sororidade (revelando o quanto a relação entre duas mulheres pode ser permeada de amor e ódio).
"A amiga genial", primeiro livro da série, já nos introduz ao universo de Lena e Lila, amigas que vivem um relacionamento bastante destrutivo. Com personalidades opostas, passam grande parte da trama espelhando-se uma na outra, em uma competição constante (com apenas breves momentos de irmandade).
Se a leitura da obra incomoda, por outro lado ela também toca o leitor com a sua sinceridade e verossimilhança. Na sua tentativa de retratar o mundo de forma literária, Ferrante não suaviza o discurso nem as personagens. É um romance tão violento e intenso quanto a amizade que narra.
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